Política

"Temer não tem para onde ir", diz Renan em jantar do PMDB

Estão propondo suicídio político", avaliou o senador Roberto Requião (PMDB-PR

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O líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), considera difícil a situação do presidente Michel Temer no governo. [

"Diziam que a [ex-presidente] Dilma [Rousseff] não tinha para onde ir, e o [presidente Michel] Temer não tem para onde ir", disse Renan a aliados na noite desta terça-feira, 5, segundo parlamentares que participaram do jantar da bancada na casa da senadora Kátia Abreu (PMDB-TO), em Brasília.

No encontro, que contou com a presença de pouco mais da metade da bancada – a maior da Casa, com 22 parlamentares – alguns senadores teriam reclamado da pressão feita pelo Palácio do Planalto pela aprovação da reforma da Previdência.

A avaliação é de que a cúpula do governo, o presidente Michel Temer e os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria-Geral) não "entende" a situação dos congressistas porque não "depende" do voto popular.

"Nenhum deles é candidato a nada e nas últimas eleições que disputaram perderam. Agora querem cobrar dos parlamentares. Estão pedindo o que não vão ganhar", afirmou um peemedebista que participou do jantar.

"É terrível o que querem impor ao Congresso. O povo não quer [as reformas] e os congressistas vivem de voto. Estão propondo suicídio político", avaliou o senador Roberto Requião (PMDB-PR).

Nas últimas semanas, Renan tem subido o tom contra as reformas. Ontem, ele chegou a dizer que, "se continuar como está, o governo vai cair para um lado e o PMDB para o outro".

Para Raimundo Lira (PMDB-PB), que participou da confraternização, esta é uma posição pessoal de Renan. "Não vejo nenhum grupo dentro do PMDB pensar dessa forma. Até porque a reforma [da Previdência] está cada dia mais tendo possibilidade de ser amenizada", considerou.

(Estadão) (AF)