Política

Temer diz que não abrirá mão do controle da Embraer

'Perda do controle nem pela via direta nem pela indireta', diz o presidente

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A agenda 2018 do presidente Michel Temer está pronta, salvo fatos novos, o que tem sido uma constante neste governo: reforma da Previdência em fevereiro, novo ministério em abril e uma decisão crucial em maio: se será candidato ou apoiará um candidato de outro partido à Presidência da República. Certo mesmo é que deve ser alguém que defenda as realizações do governo. "Um candidato de oposição vai ter muita dificuldade para falar contra o governo."

Entremeada à agenda política há a agenda econômica, na qual dois pontos são cruciais: a privatização da Eletrobras – "há clima para aprovar isso" – e as negociações da Embraer com a americana Boeing. "A Embraer tem uma simbologia muito grande para o país, mais ou menos como a Petrobras", diz, assegurando que o controle da empresa continuará com o poder público federal.

Temer não pensa em deixar reformas relevantes para serem feitas pelo seu sucessor. "Não vai sobrar muita coisa", acredita. Ele pretende fazer uma simplificação da legislação tributária ainda este ano. "Não vamos parar na Previdência." Na entrevista ao Valor, concedida na manhã da sexta-feira, ele fala ainda das candidaturas do ministro Henrique Meirelles (Fazenda), da responsabilidade do Congresso e dos problemas do governo com o Judiciário.

Fonte: Valor