A pré-candidata ao Senado, Tâmara Azevedo (Psol), alertou para a escalada da violência contra povos indígenas no sul da Bahia. Segundo a socialista, lideranças da comunidade indígena da Aldeia Cassiana, em Porto Seguro, pedem intervenção dos órgãos competentes para evitar um desastre ainda maior.
Caciques e pessoas do território indígena de Barra Velha relatam ataques de 'pistoleiros' que tentam coibir a presença na região. Entres os abusos estão as ofensas, disparos de arma de fogo e, nesta semana, a energia elétrica da aldeia foi cortada.
Agnaldo Pataxó Hã Hã Hãe, coordenador-geral do MUPOIBA (Movimento Unido dos Povos e Organizações Indígenas da Bahia), solicita o apoio das autoridades e da imprensa para que o caso não passe despercebido.
"Peço ajuda de todos vocês, que faça com que esse vídeo chegue às autoridades, aos jornais, que possam socorrer o nosso povo, ajude nosso povo. Não vamos permitir que pistoleiro, miliciano, mate o nosso povo indígena", afirmou Agnaldo Pataxó em gravação divulgada e compartilhada em rede social.
Tâmara critica o posicionamento do ex-ministro João Roma (PL), candidato ao Governo da Bahia, que em visita à região Sul, saiu em defesa dos fazendeiros e latifundiários. O deputado, segundo ela, nunca moveu esforços para se solidarizar com a situação dos indígenas do sul do estado, ainda usou a estrutura do Incra para atender aos interesses dos grandes proprietários de terra.
"Enquanto a gente luta e se empenha na defesa e preservação dos povos indígenas, candidatos de Bolsonaro pousam com armas e vão até à Polícia Federal forçando o Incra a intervir e retirar comunidades indígenas do território que lhes é de direito", apontou.