Política

Supremo rejeita pedido de investigação contra ministro Flávio Dino

Segundo o ministro Alexandre de Moraes, não há nos autos indícios mínimos da prática de crime por parte de Dino nem a indicação de meios, tempo e lugar em que supostas condutas teriam sido realizadas. Em seu entendimento, não existe qualquer outra informação relevante que justifique a instauração de inquérito

Fabio Pozzebom/Agência Brasil
Fabio Pozzebom/Agência Brasil

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, determinou o arquivamento de um pedido de investigação apresentado pelo deputado federal eleito Nikolas Ferreira (PL-MG) contra o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, por suposta omissão nos atos antidemocráticos do último dia 8 de janeiro. 

A decisão se deu na Petição (PET) 10.829. Na representação, Ferreira alegava haver indícios de que Dino tivesse prévio conhecimento sobre os ataques ocorridos aos prédios do Palácio do Planalto, do Congresso Nacional e do STF.

Sustentava que a informação teria chegado ao ministro por diversos órgãos internos do governo federal, como a Abin, além de ter sido amplamente divulgada pelos meios de comunicação, notadamente nas redes sociais. Apontou assim a necessidade do afastamento cautelar do ministro e/ou a decretação de outras medidas cautelares.

Segundo o ministro Alexandre de Moraes, não há nos autos indícios mínimos da prática de crime por parte de Dino nem a indicação de meios, tempo e lugar em que supostas condutas teriam sido realizadas. Em seu entendimento, não existe qualquer outra informação relevante que justifique a instauração de inquérito.

De acordo com o Conjur, o ministro destacou ainda que a instauração ou a manutenção de investigação criminal sem justa causa constitui injusto e grave constrangimento a pessoa investigada.