O deputado estadual Leandro de Jesus (PL), autor do pedido de criação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do MST, defendeu, nesta quinta-feira (26), a criação da Comissão na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) mesmo após a instalação da subcomissão para debater a temática: "não invalida a criação da CPI, tem umas diferenças importantes".
A subcomisão foi aprovada pela Comissão de Agricultura da AL-BA, e terá quatro integrante, três do governo e um da oposição, seguindo a proporcionalidade da casa. "A subcomissão é poitiva, toda iniciativa que possa somar e trazer diálogo a essas invasõe é muito positivo. Até porque a subcomisão não invalida a criação da CPI, tem umas diferenças importantes. A Comissão tem poderes investigativos, objeto determinado, já a subcomisão seria um trabalho contínuo, que continuaria até depois da CPI", disse em entreista ao programa Fora do Plenário, da Salvador FM.
Apesar das 29 assinaturas, a Procuradoria da Assembleia impediu a instalação dos estudos parlamentares sobre o tema, logo após, a Justiça estadual proferiu uma decisão liminar que derrubou esse entendimento e permitiu o início dos trabalho. A AL-BA apontou que irá recorrer.
"É um grande equívoco, já deveria ter ido instalada. A decisão judicial foi muito clara, no sentido da instalação imediata, mas o que a gente vê é uma interferência externa do governo na Assembleia. Adolfo é vítima dessa situação, ele é a favor da investigação, assinou a CPI, é contra as invasões, ma ele próprio sofre com pressão do governo", finalizou.
No âmbito nacional, o Congresso instalou uma CPMI sobre o tema, com presidência do deputado baiano Arthur Maia (UB).