A defesa de Joesley e Wesley Batista, sócios do grupo JBS, espera ainda para esta segunda-feira (18) uma decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) sobre o pedido de liberdade à Corte na última sexta (15).
O advogado Pierpaolo Cruz Bottini, que representa os irmãos Batista , vivia a expectativa de que o pedido de habeas corpus dos empresários fosse analisado ainda durante o fim de semana, mas o relator dos recursos, ministro Sebastião Reis Júnior, da Sexta Turma do STJ, não estava no plantão.
Acusados de cometer crimes contra o sistema financeiro e de colocarem em risco a "garantia da ordem social e econômica", Wesley e Joesley Batista tiveram a prisão preventiva decretada pela 6ª Vara da Justiça Federal em São Paulo na última quarta-feira (13). A defesa dos empresários recorreu ao Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF-3), que manteve a prisão dos empresários.
A responsável pela decisão foi a juíza Taís Ferracini, que considerou haver "estreita ligação" entre os crimes de insider trader e as consequências das delações firmadas entre eles e o Ministério Público Federal.
Os irmãos Batista estão presos na mesma cela na carceragem da Polícia Federal em São Paulo. Wesley era o presidente da JBS até se tornar a primeira pessoa a ser presa na história do País por prática de insider trader, que é o uso indevido de informação privilegiada para obter vantagens na negociação com valores mobiliários (Joesley também teve a prisão decretada por esse crime, mas já se encontrava detido em Brasília em decorrência de outra investigação).
O conselho administrativo do grupo JBS-Friboi aprovou nesse domingo (17) , por unanimidade, o nome de José Batista Sobrinho, patriarca da família Batista, para substituir Wesley na presidência da empresa.
Fonte: Último Segundo – iG