O Supremo Tribunal Federal (STF) autorizou o coronel George Divério a ficar em silêncio na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid. Ex-superintendente do Ministério da Saúde no Rio de Janeiro, Divério é acusado de autorizar contratos fraudulentos na pasta. A decisão foi assinada pelo ministro Dias Toffoli e enviada nesta quinta-feira (19) ao colegiado.
De acordo com a coluna de Guilherme Amado para o Metrópoles, no começo de agosto, os advogados de Divério haviam pedido ao Supremo que o militar pudesse faltar ao depoimento no Senado. Toffoli rejeitou a solicitação, mas garantiu o direito de Divério ao silêncio, “para não responder, querendo, a perguntas potencialmente incriminatórias a ele direcionadas”.
Nomeado pelo general e ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello, Divério foi demitido da superintendência em maio deste ano. O coronel é acusado de fraudes em contratos no órgão. A CPI ordenou a quebra de sigilos fiscal e telefônico do militar.