Política

Sônia Guajajara aceita chamado de Lula e será a primeira ministra indígena no Brasil

Seu nome estava na lista tríplice enviada pela Articulação dos Povos Indígenas (Apib)

Reprodução/Twitter
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Eleita primeira deputada federal indígena no Brasil, Sônia Guajajara (PSOL) escreverá mais um capítulo importante e inédito na história do país. Ela aceitou o convite do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e, a partir de 2023, irá comandar o Ministério dos Povos Originários.

O seu nome estava na lista tríplice enviada pela Articulação dos Povos Indígenas (Apib) para os cargos do alto escalão da pasta criada no próximo governo Lula (PT).

Sônia chegou à Brasília na noite desta terça-feira (27) para se encontrar com o petista, após conversarem em algumas oportunidades por telefone até que fosse confirmada a decisão.

Outras lideranças indígenas cotadas eram Joênia Wapichana, deputada federal não reeleita pelo Rede-RR, e Weibe Tapeba (PT), vereador de Caucaia (CE).

Uma das mudanças significativas na política para proteção dos povos indígenas no Brasil será a realocação da Fundação Nacional do Índio (Funai) para este novo ministério, hoje sob tutela do Ministério da Justiça e com atuação questionada e controversa nos anos de governo Bolsonaro.

Este fator pode influenciar na qualidade de vida e direitos dos povos originários, já que processos de demarcação de terra passarão pela pasta.

Com 48 anos, Sônia Guajajara nasceu na Terra Indígena Arariboia, no Maranhão, e ainda jovem foi morar na cidade de Imperatriz. Logo se tornou uma das mais notáveis lideranças indígenas, chegando a discursar em cúpulas da Organização das Nações Unidas (ONU).

Ela faz parte da corrente Revolução Solidária do PSOL, que tem como líder o deputado federal eleito Guilherme Boulos, e também foi candidata a vice-presidente do partido na chapa com ele.