A avaliação dentro do PT da Bahia é de que a soltura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva reduz as chances de o partido apoiar um aliado e "cresce a força" para ter uma candidatura própria na disputa pela prefeitura de Salvador em 2020, quando acontecerá a sucessão de ACM Neto (DEM).
Lula tem defendido publicamente que a sua legenda tenha candidatura no maior número de cidades possíveis. "Nós aprovamos eleição em dois turnos. No primeiro turno, cada partido põe a sua cara. É como a busca por um título. Tem 20 times no Brasileirão. Um só vai chegar lá, mas todo mundo disputa. No primeiro turno, cada um lança candidato e no segundo turno, junta os iguais. Eu defendo a tese de que o PT precisa participar. O PT não pode perder o vínculo originário", disse o ex-presidente, em entrevista ao Brasil de Fato ainda na prisão.
Antes da soltura de Lula, lideranças baianas do PT, como o governador Rui Costa e o senador Jaques Wagner, sinalizaram com a possibilidade de o partido não ter candidato próprio na capital .. Surgiram rumores, inclusive, de que a sigla poderia integrar, como vice, uma eventual chapa encabeçada pelo presidente do Bahia, Guilherme Bellintani que se filiaria ao PSB.
Pré-candidato a prefeito, o deputado estadual Robinson Almeida (PT) concorda que a liberdade de Lula amplia a chance de o PT ter candidato próprio ao Palácio Thomé de Souza. "Fortalece sim a tese de candidatura própria. Ele [Lula] tem defendido que o PT tenha candidatura própria nas grandes cidade. E Lula sempre arrasta multidões nos eventos", declarou, em entrevista ao Bahia Notícias.
Na mesma linha, o presidente eleito do PT de Salvador, Ademário Costa, disse que "cresce a força" da sigla por candidatura própria. "A soltura altera a correlação de forças no Brasil. Essa ideia do PT de Salvador de candidatura própria, com programa democrático popular, isso se fortalece com Lula nas ruas para mobilizar as pessoas. Sem dúvida, cresce a força da decisão do PT de Salvador ter candidato", pontuou.
BNotícias/// Figueiredo