Política

Sinal amarelo acende no Planalto após manifestação contra Dilma

Imagem da presidente estaria desgastada

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As manifestações contra o governo, nos 26 Estados e no Distrito Federal, acenderam o sinal amarelo no Palácio do Planalto. A avaliação foi a de que desta vez a imagem da presidente Dilma Rousseff ficou colada ao desgaste enfrentado pelo PT no escândalo de corrupção da Petrobras. O governo acredita ainda que o PSDB conseguiu "partidarizar" os movimentos na tentativa de fazer avançar a tese do impeachment.

Em reunião com ministros que compõem a coordenação política do governo na noite deste domingo, 16, Dilma disse considerar que a população, embora insatisfeita, não apoia iniciativas "golpistas". O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, que passou o dia monitorando os atos em seu gabinete, informou que as manifestações foram pacíficas, em todo o País.

Para evitar "panelaços" e esvaziar a repercussão dos protestos, ministros foram orientados a não dar entrevistas após a reunião com Dilma, no Palácio do Alvorada, que durou duas horas. Coube ao titular de Comunicação Social, Edinho Silva, emitir um curto comentário.

"O governo viu as manifestações dentro da normalidade democrática", disse Silva. "O governo mantém sua agenda de trabalho para em breve o País voltar a crescer, gerando emprego e distribuindo renda", emendou, em post no Twitter.

A ordem do Planalto é destacar a legitimidade dos protestos e dizer que o governo tem "humildade" para admitir os erros. No diagnóstico de ministros ouvidos pelo jornal O Estado de S. Paulo, a crise política arrefeceu, mas está longe de acabar e o governo precisa tomar cuidado para não demonstrar soberba neste momento em que os problemas na política prejudicam ainda mais a economia.

(Foto: Reprodução /