Pré-candidata à presidência da República, a senadora Simone Tebet (MDB) concedeu uma coletiva de imprensa nesta quarta-feira (25), a primeira após a desistência do ex-governador João Doria (PSDB) de disputar o cargo. Perguntada sobre questões de gênero, a emedebista garantiu que esta é uma das suas prioridades e garantiu que vai promover uma paridade entre homens e mulheres nos seus ministérios, caso seja eleita.
"O Brasil é plural, e quero essa pluralidade governando conosco. Se for eleita, o nosso ministério será paritário entre homens e mulheres. Basta que eles ou elas, indistintamente, tenham dois requisitos: competência e vontade de servir ao Brasil", declarou Tebet.
Ao criticar as declarações do presidente Jair Bolsonaro (PL) sobre a chacina recente no Rio de Janeiro que resultou na morte de, pelo menos, 21 pessoas, Tebet adiantou a criação de um Ministério Nacional da Segurança Pública, em caso de vitória em outubro.
No momento em que abordava o assunto, ela 'entregou' a informação e brincou ao dizer que não costumava "aceitar ordens" que não fossem emanadas por mulheres.
"Não tenho muito costume de seguir ordens, principalmente se não for de mulher", disse, logo após explicar sobre a proposta.
Ela também fez elogios ao ex-governador João Doria, lembrando a sua participação na aceleração da compra de vacinas contra a Covid-19 durante a pandemia, coordenando por meio do Instituto Butantan, a produção da CoronaVac, e acenou ao PSDB.
"O PSDB sempre foi companheiro de luta do MDB e vice-versa. Quando o PSDB esteve no poder, o MDB deu sustentação, minha relação com o partido é de mais profunda amizade, e tenho em consideração grandes líderes do PSDB", ressaltou, citando o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) e o presidente nacional da legenda, Bruno Araújo.
Além do PSDB, existe a conversa para que o Cidadania também sele o apoio à candidatura de Tebet.