O mais novo responsável pelo marketing da campanha presidencial do ex-presidente Lula, Sidônio Palmeira, está sendo acusado pelo Ministério Público de enriquecimento ilícito, em operação que teria desviado R$ 7,5 milhões dos cofres públicos na Bahia. Sidônio também foi responsável pelas campanhas de Jaques Wagner e Rui Costa. As informações são da revista Veja,
Em 2006, um consórcio liderado pela Leiaute Propaganda, empresa de Sidônio, venceu uma licitação para prestar serviços de propaganda à Câmara Municipal de Salvador. De acordo com uma auditoria do Tribunal de Contas dos Municípios da Bahia, a empresa recebeu o dinheiro e não prestou o serviço combinado.
De acordo com promotores responsáveis pela investigação do caso, o valor do contrato com o consórcio, inicialmente de R$ 2 milhões, foi reajustado e atingiu R$ 7,5 milhões, sem explicação plausível.
Desde 2018, o Ministério Público solicita o estorno da verba. “Foram milhões de reais envolvidos no contrato e seus termos aditivos, comprovadamente irregulares, e ainda pretendem os acionados serem tratados como vítimas de uma suposta imprevidência de gestores, frontalmente vilipendiados pela auditoria do TCM e pelo Ministério Público”, disse a promotora Heliete Viana.
A Promotoria denunciou o marqueteiro por enriquecimento ilícito e pediu o bloqueio das contas bancárias e ativos dele e da Leiaute. A defesa de Sidônio atribuiu o caso a uma falha dos vereadores na prestação de contas.
A revista Veja, ele negou as acusações. “Não houve enriquecimento ilícito, é um absurdo, uma história totalmente estapafúrdia. Estou há anos tentando demonstrar isso. O MP não entende como funciona uma agência de publicidade. Eu deveria entrar com um processo contra essa promotora”.