O vereador Igor Canário ao Centro de terno azul
Foram duas horas e meia de sessão na Câmara de Salvador na tarde desta terça-feira (7), sem “nem um piu” sobre a situação do vereador Igor Kannário (PHS), acusado formalmente pela Casa de ferir a honra dos edis, após a associar o Legislativo a uma “organização criminosa”.
Nenhum vereador, nem do governo e nem da oposição, sequer pronunciou o nome do Príncipe do Gueto no plenário. O edil do PHS participou da sessão, mas se manteve o tempo todo calado. Também esteve presente na audiência da Comissão do Carnaval, mas saiu sem falar com a imprensa. Aos assessores, disse que estava “abalado” com a morte do compositor Felipe Yves, no dia anterior.
Nos bastidores, o comentário é de que a tendência é que sejam colocados “panos quentes” na declaração polêmica do cantor-político e os vereadores virem a página. Até a advertência, que chegou a ser cogitada, deve ser descartada.
Da minoria, que se esperava uma postura incisiva no caso, ouviu-se apenas que “a oposição não foi ofendida”, repetida inúmeras vezes pelo seu líder, José Trindade (PSL), que também já não acredita na possibilidade de cassação.
Os governistas comentaram que os contrários “erraram na estratégia” ao colocar o prefeito ACM Neto (DEM) no “bolo”. Avaliam que dificilmente Kannário escaparia de uma punição se os oposicionistas não tivessem associado ele ao gestor soteropolitano.
Sem provocadores de ambos os lados, a expectativa é de que o artista escape do alçapão.
(Bahia.ba) (AF)