Com a saída de Sergio Moro (União Brasil) do cenário de pré-candidatura à presidência da República, Ciro Gomes (PDT) já admite conversar com demais nomes sobre a formaçãoa da tão falada "terceira via".
O ex-juiz concorria diretamente com o pedetista por esse posto, sempre figurando empatado tecnicamente com Ciro nas pesquisas de intenções de voto.
Publicamente, Ciro já tinha declarado que o único impedimento para iniciar diálogos com outras frentes era o próprio Moro, que deve tentar uma vaga na Câmara Federal pelo União Brasil em São Paulo.
A legenda anunciou recentemente o lançamento de uma candidatura unificada à presidência com o MDB, PSDB e Cidadania, que será divulgada no dia 18 de maio. Ciro conversou nas últimas semanas com lideranças do UB para ensaiar essa aproximação.
“Eu tive um jantar 15 dias atrás com a direção do União Brasil, Luciano Bivar e ACM Neto. Eles perguntaram se eu admitia entrar numa dinâmica de conversa com essas outras pessoas. Eu disse a eles que a mim repugnava a ideia de sentar com um inimigo da República como Sergio Moro. Parece que essa questão está vencida, portanto a única restrição que eu fazia está superada aparentemente”, explicou ex-governador do Ceará.
O caminho do consenso, entretanto, parece ainda distante. O próprio presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, reconhece a dificuldade em acomodar os interesses, já que os partidos não querem abrir mão dos seus, como o caso da senadora Simone Tebet (MDB) e do governador João Doria (PSDB).
A expectativa é que até julho, Ciro tenha definido o seu vice.