O secretário estadual da Juventude do Partido dos Trabalhadores (JPT-BA), Matheus Maciel, repudiou as declarações do agora ex-titular Secretaria Nacional de Juventude, Bruno Júlio (PMDB), sobre a chacina no Complexo Penitenciário Anísio Jobim, em Manaus (AM), que resultou em 56 mortes entre os dias 1º e 2 de janeiro. Em entrevista ao jornal O Globo, na sexta-feira (6), Júlio se declarou “meio coxinha” e afirmou que “tinha que matar mais; tinha que fazer uma chacina por semana”.
“Não bastassem as posições de prejuízo à juventude implementadas pelo governo ilegítimo de Michel Temer, a primeira posição que deu notoriedade ao então secretário demonstrou seu completo distanciamento da realidade que vivem as jovens e os jovens do Brasil”, afirma Maciel, que assumiu a secretaria da JPT-BA em janeiro.
Para Maciel, Júlio revelou que desconhece dados sobre a população carcerária brasileira – como o de que ela mais do que dobrou nos últimos anos e que cerca de 30% dos presos sequer foram condenados em primeira instância, além do fato de que é majoritariamente composta por jovens negros, parcela da sociedade que vive em maior situação de vulnerabilidade social. Em uma nota publicada em sua página na rede social Facebook, Bruno Júlio diz que há uma “valorização muito grande da morte de condenados”. “Ele é mais um membro do governo não-eleito de Michel Temer que deixa a gestão por problemas de conduta, expondo as vigas enferrujadas do golpismo”, declarou Maciel.
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