Ventilada como possível criação do Governo da Bahia no próximo ano, a Secretaria de Povos Tradicionais foi descartada pelo governador eleito Jerônimo Rodrigues (PT).
A secretaria era uma reivindicação de parte do eleitorado mais à esquerda e ganhou força com o anúncio do presidente eleito Lula (PT) de que a área ganhará um ministério próprio no seu mandato.
Como Jerônimo reconhece que se espelha no governo de Lula para tomar as suas decisões, era esperado que também que desprendesse mais energia e orçamento para esta parte da população baiana, que inclui indígenas e quilombolas.
O petista afirmou que a alternativa pode ser criar uma "superintendência" para ser incorporada em outra pasta que já existe.
"Não terá secretaria indígena. Pode ser dentro da Secretaria de Igualdade Racial, uma superintendência para tratar dos povos tradicionais", explicou Jerônimo, ressaltando que o termo 'tradicional' é mais abrangente que 'originários'.
"Faremos uma política de inclusão cada vez mais ajustada", prometeu.
A Reforma Administrativa proposta por Jerônimo deve ser enviada pelo Executivo até o dia 15 de dezembro, conforme anunciado por Jerônimo. Ele já avisou que não pretende criar nenhuma secretaria de grande porte, mas diz que quer "oxigenar" o governo trocando por outros nomes de sua indicação.