Política

'Se pudesse roubar na urna, acham que eu seria presidente?', afirma Lula

Ex-presidente criticou a reunião convocada por Bolsonaro com embaixadores

Ricardo Stuckert/PT
Ricardo Stuckert/PT

Diante de mais uma ofensiva do presidente Jair Bolsonaro (PL) contra o sistema eleitoral, o ex-presidente Lula (PT) declarou ter confiança nas urnas eletrônicas, e criticou a postura do chefe do Executivo. Segundo o petista, se fosse possível fraudar o pleito, ele não teria sido eleito, nem a ex-presidente Dilma Roussef, que tem o histórico de enfrentamento à Ditadura Militar.

“Se alguém aqui desconfia da urna, eu vou dizer porque eu confio. Se pudessem roubar na urna, acham que o ‘Lulinha’ teria sido presidente em 2002, e em 2006? Que uma mulher [Dilma Rousseff] que passou 3 anos na cadeia, que foi torturada, teria sido eleita e reeleita? Que o Fernando Haddad, com menos de 30 dias, teria 47% de votos?", questionou Lula.

"E eu, na cadeia, ganharia desse genocida que está aí”, complementou.

De volta à uma eleição após 16 anos, Lula cumpre agenda em Pernambuco. Ele já passou por Serra Talhada, Garanhuns e Caeté, sua cidade natal, e nesta quinta-feira (21) dá sequência à visita a outros municípios.

Lula afirmou que nenhum embaixador enxergou com seriedade o discurso de Bolsonaro e a reunião convocada por ele para repetir teses conspiratórias.

“Nenhum embaixador levou à sério porque a eleição no Brasil é modelo no mundo inteiro”, resumiu, ressaltando que Bolsonaro foi eleito tanto para deputado, como na última eleição para presidente.

“E agora diz que a urna não é séria, que vai ser roubado e quer desmontar a urna. Não é uma pessoa, é a luta de um candidato contra uma parte do Estado brasileiro”, declarou.