O deputado federal baiano, Valmir Assunção (PT) comentou sobre o líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (Progressistas), que vem sendo investigado sobre suspeita de irregularidades na aquisição da Covaxin. Assunção opinou ainda sobre o "superpedido" de impeachment do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), entregue pela oposição à Câmara dos Deputados. Valmir participou nesta sexta-feira (9) da cerimônia de entrega da nova policlínica de Ribeira do Pombal.
Sobre o deputado Ricardo Barros (Progressistas), que vem sendo investigado por suspeita de irregularidades na aquisição da vacina Indiana, Covaxin, o parlamentar petista é bem contundente, “acredito que se fosse um governo sério, teria sim tirado ele da liderança do governo, mas também se fosse um governo sério tinha tirado o ministro do Meio Ambiente quando houve a denúncia e ao mesmo tempo uma operação de busca e apreensão na casa dele, e Bolsonaro manteve, só tirou quando houve ameaça de prisão do ministro do Meio Ambiente. Então é um governo que trabalha para proteger a sua família e proteger os seus, independente da legislação brasileira, esse é um grande problema”.
Assunção diz que tem expectativas para que “as mobilizações sociais [contra Bolsonaro] estão acontecendo mesmo nessa pandemia, e isso vai pressionar o Congresso Nacional, sendo ‘obrigado’ a, primeiro abrir o processo de impeachment contra Bolsonaro, e por outro lado nós temos outro caminho, que é o caminho da própria câmara dos deputados pela CPI, que discute a questão da vacina. Onde tem dois deputados federais que estão envolvido nesse processo, um é o deputado luís Miranda que denunciou e o outro é o líder do governo [Ricardo Barros]”. O parlamentar acrescenta que “a Câmara dos Deputados está envolvida e mergulhada nessa crise”.
Sobre o pedido de impeachment de Bolsonaro, o deputado afirmou que “estamos vendo através da CPI, que todos os depoimentos têm entregado duas questões muito sérias. Primeiro, Bolsonaro é um dos responsáveis no Brasil pela falta de políticas na saúde que levou mais de meio milhão de pessoas a morrerem. Por outro lado, Bolsonaro por diversas vezes tem comprovado que ele sabia dos esquemas de corrupção na saúde e ele não tomou nenhuma providência. Essas duas questões por si só já são motivo para impeachment”, disse o petista.
No entanto, Valmir diz ter uma preocupação sobre o fato de Arthur Lira, presidente da Câmara dos Deputados ainda não ter aberto o processo de impeachment. De acordo com o parlamentar, “quando ele não abre um, dos mais de 120 processos de impeachment ele é conivente”, afirmou.
Valmir acrescenta ainda que, “o que eu digo é que não é a câmara que é conivente, porque o poder é de Arthur Lira para abrir o processo. Ele é conivente. Então, o grande problema que nós estamos vivendo hoje aqui no brasil, e que a CPI tem revelado, é que o presidente da República não cumpriu a constituição, ao mesmo tempo em que não teve zelo pela legislação brasileira”, para o parlamentar está “comprovado que é genocida, que é corrupto [Bolsonaro]. Então cabe ao presidente da câmara cumprir o seu papel, quando ele não cumpre, ele é conivente à Bolsonaro”, concluiu.