Política

“Se fosse um governo direito, já tinha tirado Ricardo Barros”, diz Valmir sobre denúncias de vacina

Valmir fez ainda críticas ao presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira por conta da falta de agilidade em uma resposta sobre possível impeachment de Bolsonaro

Alexandre Galvão
Alexandre Galvão

O deputado federal baiano, Valmir Assunção (PT) comentou sobre o líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (Progressistas), que vem sendo investigado sobre suspeita de irregularidades na aquisição da Covaxin. Assunção opinou ainda sobre o  "superpedido" de impeachment do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), entregue pela oposição à Câmara dos Deputados. Valmir participou nesta sexta-feira (9) da cerimônia de entrega da nova policlínica de Ribeira do Pombal.

Sobre o deputado Ricardo Barros (Progressistas), que vem sendo investigado por suspeita de irregularidades na aquisição da vacina Indiana, Covaxin, o parlamentar petista é bem contundente, “acredito que se fosse um governo sério, teria sim tirado ele da liderança do governo, mas também se fosse um governo sério tinha tirado o ministro do Meio Ambiente quando houve a denúncia e ao mesmo tempo uma operação de busca e apreensão na casa dele, e Bolsonaro manteve, só tirou quando houve ameaça de prisão do ministro do Meio Ambiente. Então é um governo que trabalha para proteger a sua família e proteger os seus, independente da legislação brasileira, esse é um grande problema”.

Assunção diz que tem expectativas para que “as mobilizações sociais [contra Bolsonaro] estão acontecendo mesmo nessa pandemia, e isso vai pressionar o Congresso Nacional,  sendo ‘obrigado’ a, primeiro abrir o processo de impeachment contra Bolsonaro, e por outro lado nós temos outro caminho, que é o caminho da própria câmara dos deputados pela CPI, que discute a questão da vacina. Onde tem dois deputados federais que estão envolvido nesse processo, um é o deputado luís Miranda que denunciou e o outro é o líder do governo [Ricardo Barros]”. O parlamentar acrescenta que “a Câmara dos Deputados está envolvida e mergulhada nessa crise”.

Sobre o pedido de impeachment de Bolsonaro, o deputado afirmou que “estamos vendo através da CPI, que todos os depoimentos têm entregado duas questões muito sérias. Primeiro, Bolsonaro é um dos responsáveis no Brasil pela falta de políticas na saúde que levou mais de meio milhão de pessoas a morrerem. Por outro lado, Bolsonaro por diversas vezes tem comprovado que ele sabia dos esquemas de corrupção na saúde e ele não tomou nenhuma providência. Essas duas questões por si só já são motivo para impeachment”, disse o petista.

No entanto, Valmir diz ter uma preocupação sobre o fato de Arthur Lira, presidente da Câmara dos Deputados ainda não ter aberto o processo de impeachment. De acordo com o parlamentar, “quando ele não abre um, dos mais de 120 processos de impeachment ele é conivente”, afirmou.

 

Valmir acrescenta ainda que, “o que eu digo é que não é a câmara que é conivente, porque o poder é de Arthur Lira para abrir o processo. Ele é conivente. Então, o grande problema que nós estamos vivendo hoje aqui no brasil, e  que a CPI tem revelado, é que o presidente da República não cumpriu a constituição, ao mesmo tempo em que não teve zelo pela legislação brasileira”, para o parlamentar está “comprovado que é genocida, que é corrupto [Bolsonaro]. Então cabe ao presidente da câmara cumprir o seu papel, quando ele não cumpre, ele é conivente à Bolsonaro”, concluiu.