Ex-ministro em seu governo e agora adversário na eleição, Ciro Gomes (PDT) admitiu que pode falar com o ex-presidente Lula (PT), caso os seus caminhos se cruzem no cortejo da festa de Dois de Julho, em Salvador, neste sábado (2).
Provocado sobre o fato de estar hospedado do mesmo hotel que o petista, no Wish, no centro da capital baiana, o pedetista ironizou "cidade pequena, mundo pequeno", e afirmou que exceto o atual presidente Bolsonaro, que é "fora da democracia", falaria com o restante dos pré-candidatos mesmo com todas as suas diferenças.
"Tirando Bolsonaro, que é uma figura fora da democracia, todos nós temos diferenças profundas e insuperáveis, mas meu caso com Lula, definitivamente insuperáveis, mas sendo do campo da democracia, como ele é, como a senadora Simone [Tebet] são, se nos encontrarmos vamos nos cumprimentar […] se encontrar com ele tomarei a iniciativa de cumprimentá-lo", ponderou.
Ciro reconheceu, entretanto, que após as duras críticas públicas, o possível encontro pode não ser tão animado.
"Talvez não haja muita efusão porque tenho opiniões muito duras sobre corrupção, conchavos políticos que Lula tem feito, e provavelmente ele não gosta que fale isso", disse.