Política

Sargento nega acusações na CPMI e relatora vê movimentação atípica

A relatora da CPMI, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), que teve acesso ao relatório sobre as transações financeiras do sargento, declarou que os valores envolvidos são inconsistentes com a renda que o militar recebia.

Lula Marques / Abr
Lula Marques / Abr

O sargento do Exército, Luís Marcos dos Reis, refutou as alegações que estão sendo imputadas a ele. Essas alegações incluem a acusação de envolvimento em fraude no cartão de vacinação do ex-presidente Jair Bolsonaro, bem como de participação nos eventos de 8 de janeiro, e de qualquer possível irregularidade em transações financeiras consideradas atípicas.

No decorrer desta quinta-feira (24), ele prestou seu depoimento perante a comissão parlamentar mista de inquérito (CPMI) no âmbito do Congresso Nacional, cujo objetivo é investigar os incidentes com potencial golpista. O sargento, que desempenhava funções na equipe de apoio ao ex-presidente Bolsonaro, juntamente com o tenente-coronel Mauro Cid, encontra-se detido há mais de três meses por conta de uma operação conduzida pela Polícia Federal (PF) que busca esclarecer a suposta fraude relacionada ao cartão de vacinação do ex-presidente.

A relatora da CPMI, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), que teve acesso ao relatório sobre as transações financeiras do sargento, declarou que os valores envolvidos são inconsistentes com a renda que o militar recebia.

"Durante o período analisado, de fevereiro de 2021 a janeiro de 2022, sua renda mensal estava em torno de R$ 13 mil a R$ 14 mil. No entanto, o montante movimentado em sua conta se aproximou dos R$ 3 milhões", afirmou a parlamentar.