Política

São Sebastião do Passé: vereador é alvo de representação criminal no Ministério Público da Bahia

Em um momento posterior, os policiais teriam obrigado o menor a delatar outros membros da equipe do vereador Lázaro, com o objetivo de manchar a imagem do parlamentar. Após essas ilegalidades, o menor foi conduzido a delegacias em São Sebastião do Passé e Candeias, onde foi obrigado a assumir a autoria do furto do portão, também sob coação e filmado pelo vereador Nailson.

Divulgação
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Uma  denúncia envolvendo o vereador Soldado Nailson, da cidade de São Sebastião do Passé, na Bahia, veio à tona. Um menor de 16 anos relatou que foi abordado por uma guarnição da Polícia Militar, composta por quatro policiais, quando retornava do trabalho por volta das 13h, na frente de sua residência.

A abordagem teria sido ilegal, já que não havia qualquer flagrante delito envolvendo o jovem. Além disso, ele afirma ter sido conduzido arbitrariamente para um matagal próximo ao rio, onde havia um portão de ferro. No local, ele foi agredido pelos policiais e forçado a entrar no rio para tirar o portão de dentro da água. Todo o ocorrido foi filmado pelos próprios policiais, incluindo o vereador Nailson.

Em um momento posterior, os policiais teriam obrigado o menor a delatar outros membros da equipe do vereador Lázaro, com o objetivo de manchar a imagem do parlamentar. Após essas ilegalidades, o menor foi conduzido a delegacias em São Sebastião do Passé e Candeias, onde foi obrigado a assumir a autoria do furto do portão, também sob coação e filmado pelo vereador Nailson.

No dia 19 de abril de 2023, o adolescente compareceu à Corregedoria da PM e relatou todas as agressões físicas e psicológicas sofridas pela guarnição da PM e pelo vereador Soldado Nailson, com o propósito de tomar medidas legais contra os envolvidos. 

Além do abuso de autoridade, os envolvidos também podem ser acusados de crime de ameaça, já que teriam ameaçado causar mal grave ao menor, e crime de lesão corporal, em razão das agressões físicas relatadas.Diante dessa situação, o menor ofendido apresentou uma representação ao Ministério Público da Bahia, requerendo a instauração do competente Inquérito Policial, com o indiciamento dos representados para que sejam processados conforme a lei.