Política

Salinas da Margarida: suplente de vereador ameaçado vai à Defensoria e pede providências para garantir integridade

Com medo das ameaças do prefeito, o suplente confirma que saiu de casa

Reprodução / YouTube
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O primeiro suplente de vereador na cidade de Salinas da Margarida, Helder Belmonte (PP), diz que foi até a Defensoria Pública do Estado, de onde deve encaminhar providências às corregedorias da Polícia Militar, visando garantir sua integridade física e moral. Belmonte afirma que passou a sofrer diversas perseguições após denunciar o prefeito do município, Wilson Pedreira (PSD).

“Irão encaminhar algumas providências, principalmente ao comando da polícia militar, as corregedorias, para tentar fazer uma maior garantia de que realmente não haverá essa continuidade de represália”, afirmou o progressista ao LDNotícias.

Em entrevista à Salvador FM, ele afirmou que recebeu a visita de homens armados, que se identificaram como policiais, na segunda-feira (20). Ele disse que teve uma foto tirada pelos supostos agentes e que, depois, o registro foi divulgado em redes sociais como se ele fosse autor de um assalto a banco na cidade. 

Com medo das ameaças, ele disse ter saído de casa. “Medo? meu medo é pouco. Eu saí do município, ele me expulsou do local de venda de plantas, embargou meu ponto comercial, mandou a dona romper o contrato comigo. Me impediu de usar a via como vendedor ambulante. Eu estou na rua para proteger minha família”, declarou Helder.

De acordo com o suplente, o prefeito do município ainda não reconhece a comunidade quilombola. “Ele persegue essa comunidade, inclusive querendo negar vacina às mesmas, já tivemos audiência pública no município envolvendo todas as autoridades possíveis para tratar desses direitos violados”, afirmou o progressista. 

Além disso, Helder afirma que munícipes têm parado constantemente na delegacia a mando do prefeito. Um candidato ao legislativo de Salinas foi preso após o prefeito ter atribuído a ele um crime sexual contra menor. Segundo o suplente, foram apresentadas provas sobre o fato de que não aconteceu, e a mãe da vítima confirmou que o crime não existiu.