
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pode ser levado a uma unidade militar em caso de condenação no processo que investiga a trama golpista de 2022. A denúncia contra Bolsonaro foi apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR), e, segundo informações da Folha, generais do Exército avaliam que ele teria direito a cumprir a pena em uma prisão militar, por ser capitão reformado.
Nesse cenário, o ex-presidente ficaria detido em condições menos desfavoráveis, considerando suas prerrogativas como ex-chefe de Estado. Uma das possibilidades seria improvisar um espaço para prisão especial no Comando Militar do Planalto, sediado em Brasília. No entanto, os militares ressaltam que essas avaliações são conjecturas e só entrarão em pauta se Bolsonaro for condenado.
Quatro generais ouvidos pela publicação afirmaram que, em caso de condenação, a Corte deveria conceder a Bolsonaro uma prisão especial, seguindo precedentes como os dos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Michel Temer (MDB). Lula cumpriu 580 dias de prisão na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, em um dormitório adaptado com cama, mesas, banheiro e televisão. Já Temer ficou em uma cela especial na Superintendência da PF em São Paulo, com estrutura semelhante.
Jair Bolsonaro venceria Lula em 1º e 2º turnos de acordo com pesquisa
Mesmo inelegível, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) venceria o atual chefe do Executivo federal, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), tanto no primeiro, quanto no segundo turno, de acordo com um levantamento do Instituto Paraná Pesquisas, divulgado nesta terça-feira (18).
Em um dos cenários testados, no primeiro turno, o liberal aparece com 36% contra 33,8% do petista – a margem de erro é de 2,2 pontos porcentuais. Já no segundo turno, Jair Bolsonaro venceria o pleito por 45,1% contra 40,2%.
No cenário de segundo turno, no qual Bolsonaro venceria o presidente Lula, se as eleições fossem hoje, 10,7% dos entrevistados disseram que votariam branco ou nulo e 4% não souberam responder.