A omissão dos dados do avanço da pandemia da Covid-19 por parte do Ministério da Saúde provocou reações de políticos de diversos espectros partidários. Ontem, os dois principais nomes da cena política na Bahia, o governador Rui Costa (PT) e o prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), opinaram sobre o caso.
O petista disse que "o País espera total transparência nos dados da pandemia". "É obrigação do Governo. A sociedade tem que ser informada sobre os números, não importa o quanto sejam tristes. Isso é uma questão de respeito a todos, principalmente aqueles que sofrem a perda de parentes e amigos".
Também presidente nacional do DEM, Neto subiu o tom contra o governo Bolsonaro ressaltando que "é um crime" a postura de não divulgar dados completos do coronavírus no Brasil. "É um crime, absurdo, é inaceitável", declarou durante a entrega de doações para a AMA-BA (Associação dos Amigos dos Autistas), em Pituaçu. "Querer dizer que divulgação não vai acontecer para que os telejornais não reproduzam os números, é brincar com coisa seríssima, com a vida humana. É inaceitável, espero que seja revisto o quanto antes", pontuou.
No domingo, o Ministério da Saúde promoveu uma confusão em relação aos números do impacto da Covid-19. Dois dados divergentes foram divulgados de casos confirmados e de mortes da doença foram divulgados em um intervalo de poucas horas. Por volta de 20h30, a pasta divulgou o primeiro balanço, no qual informava que 1.382 mortes haviam sido registradas nas últimas 24 horas.
Reprodução: Tribuna da Bahia
Redação do LD
