O governador Rui Costa (PT) fez uma análise da eleição presidencial e defendeu mais uma vez o ex-presidente Lula. O chefe do Palácio de Ondina concedeu entrevistas para emissoras de rádio da região de Campo Formoso, no início da tarde desta sexta-feira (25). Indagado pelos jornalistas, o petista destacou que a agremiação da qual faz parte sofreu "massacre" midiático, mas que também cometeu erros.
"O PT sofreu um massacre durante muitos anos na mídia. Cometeu erros também, que precisam ser reconhecidos. Assim como também, no caso do presidente Lula, sofre uma perseguição implacável e na minha opinião, injusta.
Digo sempre que, quando apresentarem um pedacinho de papel, um guardanapos que seja, ou uma mensagem de e-mail ou WhatsApp, que comprovem a culpa de Lula, ficarei calado.
Mas enquanto não aparecer nenhuma mensagem, gravação, vídeo ou qualquer coisa que comprove a culpa dele, continuarei dizendo que ele sofre a maior perseguição que qualquer político já sofreu nas últimas décadas no Brasil. E com um único objetivo: tirá-lo da corrida presidencial. Esse objetivo foi alcançado com a retirada de Lula. O caminho ficou aberto para a eleição de outra pessoa", analisou o gestor estadual.
Segundo ele, o ex-candidato Fernando Haddad (PT) "foi escolhido muito tardiamente". "É um quadro excelente, mas foi escolhido muito em cima da hora. Mesmo assim, conseguimos garantir a eleição de Haddad na Bahia com 62% no primeiro turno e mais de 70% no segundo.
Diria que o tempo foi muito curto para desmentir tantas mentiras e calúnias que foram divulgadas no WhatsApp. Tanto é que o WhatsApp anunciou que limitou a regra de reenvios de mensagens, porque foi tanta mentira espalhada. Isso ficou conhecido no mundo inteiro. O WhatsApp ficou conhecido como a ferramenta da mentira. Uso muito o WhatsApp para trabalhar, mas infelizmente, tem gente que usa para o mal".
Rui também não vê boas perspectivas sobre o governo Jair Bolsonaro (PSL) e reafirmou que "o PT precisa voltar a se aproximar da população". "Esperava que o processo eleitoral pudesse retomar a confiança do Brasil no exterior. Mas a gente não vê isso no horizonte.
Agora é trabalhar. Acho que o PT precisa voltar na se aproximar da população no Brasil inteiro. Em muitos estados, houve um afastamento da população. É preciso retomar as bases, o cotidiano da vida das pessoas, e colocar na agenda do partido a melhoria concreta da vida das pessoas".
Secom/ba/ BNes/// Figueiredo
