No dia em que deu posse aos novos secretários na anunciada reforma administrativa, o governador Rui Costa voltou a comentar as razões pelas quais declinou da ideia de nomear Abal Magalhães para a Conder. Nas redes sociais, Abal desfiava ataques a figuras do PT, especialmente ao ex-governador e agora secretário de Desenvolvimento Econômico, Jaques Wagner.
"Todas as pessoas que eu busco colocar nas secretarias peço que tenham sempre respeito por todas as instituições políticas, mesmo as de oposição. Não precisa ser omisso politicamente, a pessoa pode ter opiniões. Agora, eu não recomendo a nenhum assessor meu ter opiniões ou agressões desta forma.
Não soma e não cria uma imagem positiva para o governo", justificou durante coletiva à imprensa na cerimônia que oficializou a dança das cadeiras no governo estadual, na tarde desta segunda-feira (23), no auditório da Fundação Luís Eduardo Magalhães, no CAB, em Salvador.
“Vocês são testemunhas, eu nunca baixei o nível para falar mal da família ou da pessoa de um adversário. Se tenho alguma crítica, vai ser no mérito, no conteúdo. Eu não poderia ter alguém me assessorando com um perfil desta natureza, porque não combina com minha forma de ser e minha forma de agir", acrescentou.
Com a recusa a Abal Magalhães, Rui apelou para que Zé Lúcio ficasse no posto. “Tive a oportunidade de conversar com Zé Lucio, que é um dos melhores quadros técnicos do nosso estado. Eu pedi a ele um pouco mais de compreensão. Ele, em função de apelos da família, iria para uma função de estado com menor carga, uma responsabilidade um pouco menor, mas eu pedi a ele que fique mais um pouco porque a Conder é uma das estruturas mais importantes do estado, que reúne o maior volume de obras. Ele vem tocando bem e não queria nem quero desarrumar o que está dando certo".
(BN) (AF)
