Política

Rui acusa ACM Neto de emperrar inauguração do metrô e dispara: 'DNA deles é intimidar'

A crítica do petista foi durante participação em um programa de rádio em Vitória da Conquista, no sul da Bahia.

Vagner Souza/Salvador FM
Vagner Souza/Salvador FM

O governador Rui Costa (PT) acusou o ex-prefeito de Salvador, ACM Neto, de emperrar a inauguração do metrô da capital, quando demorou um ano para liberar o alvará para a construção da passarela de acesso ao equipamento.

A crítica do petista foi durante participação em um programa de rádio em Vitória da Conquista, no sul da Bahia. O chefe do Executivo, que aposta em fazer o seu sucessor Jerônimo Rodrigues, secretário de Educação do estado, diz que apesar da pouca idade do adversário político, o "DNA é do jeito antigo de governar", que usa a intimidação como artifício — relacionando à figura do ex-senador Antônio Carlos Magalhães, avô de ACM Neto.

"Nós estabelecemos um novo padrão de relação, vou no município independente do partido […] em Salvador, na construção do metrô, as obras ficaram prontas e o povo não pôde usar a estação porque a Prefeitura não deu o alvará da passarela durante 1 ano […] é o DNA do jeito antigo de governar. A pessoa pode até ter idade mais nova, mas o DNA é o mesmo", disparou.

"Na última visita [à Vitória da Conquista] a prefeita [Sheila Lemos, que faz oposição a Rui] acompanhou. Diferente do DNA da política deles, que é de intimidar e de dar ordem", completou.

Após a cisão com o PP, que desembarcou oficialmente no grupo de ACM Neto em evento nesta quinta-feira (17), Rui e João Leão têm buscado puxar para o seu lado a grande bancada de prefeitos do partido no interior baiano. O petista chegou a dizer que até 80 prefeitos estariam do seu lado, enquanto Leão garante que assim que a vitória estiver no horizonte, eles vão caminhar com o grupo de Neto.

"Aqui na Bahia algumas famílias de sobrenome achavam que eram donas da Bahia, dominavam a política. Mas o povo baiano há muito tempo diz que este estado não tem dono, que pertence ao povo baiano, quer uma política democrática, transparente. E os prefeitos querem um relacionamento de gestão compartilhada, de amizade, e não de grito, de ter um chefe. Por isso, massivamente, os prefeitos da Bahia dizem 'não queremos a volta ao passado, retrocesso e perseguição'", disse o governador, citando ainda as dificuldades enfrentadas pela Bahia para obter recursos federais durante a pandemia.

"E não é só no passado, veja o que o presidente da República faz com o Nordeste, é escandaloso. Para ter recurso legal para cuidar da Covid, tive que ir ao STF e a gente não viu uma palavra desses deputados aliados do presidente", condenou.