Recém-nomeado secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, o ex-ministro Jaques Wagner (PT) foi acionado pelo governador Rui Costa para exercer o papel de bombeiro no incêndio que se propaga entre os aliados na disputa pela presidência da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA).
Conhecido como bom articulador político, caberá ao ex-governador a função de apaziguar a diáspora na base governista, tornada pública a partir da entrevista do senador Otto Alencar (PSD) ao bahia.ba, na qual acusou o atual chefe da Casa, Marcelo Nilo (PSL), e o chefe de gabinete de Rui, Cícero Monteiro, de assediar deputados pró-Nilo.
O próprio Rui convocou uma reunião realizada nesta segunda-feira (30), com a participação dos parlamentares Rosemberg Pinto (PT) e Reinaldo Braga (PSL) e do titular de Relações Institucionais, Josias Gomes.
O encontro, liderado por Wagner, marca um esforço tardio do Palácio de Ondina de encontrar uma fórmula para evitar que a base saia esfacelada do processo, já que envolve os interesses dos três maiores apoiadores da gestão petista: o vice João Leão (PP), além de Otto e Nilo.
Uma das hipóteses cogitadas por fontes do governo ouvidas pela reportagem é a unificação do grupo em torno de um candidato que esteja fora do processo, o que culminaria automaticamente na retirada das candidaturas de Ângelo Coronel (PSD), Luiz Augusto (PP) e do próprio Nilo. A personagem que representaria tal solução ainda não teria sido encontrada.
Enquanto Nilo adota o silêncio, do lado da oposição, que no cenário atual tem o poder de decidir quem será o próximo comandante do Legislativo baiano, o momento é de espera, com a expectativa de que, do sangramento da base, respingue ao menos uma gota para a sucessão de 2018.
(Bahia.ba) (AF)
