A ministra do Planejamento, Simone Tebet, disse que não conversou com o presidente Lula (PT) sobre o nome que ocuparia a presidência do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), horas antes do anúncio do economista Marcio Pochmann ao cargo, nesta quarta-feira (26).
A decisão sobre o especialista, filiado ao PT, foi tomada em meio a resistências de uma ala da pasta comandada por Tebet – e que abriga o órgão. Apesar disso, a ministra disse, a interlocutores ouvidos pela Folha, que não iria impor obstáculos à nomeação, mesmo com as pressões de aliados do presidente da República.
Em entrevista à GloboNews, ela chegou a afirmar que se que discutiria a troca no IBGE "no momento certo e com a pessoa certa". "Não estamos tratando de IBGE. Até porque seria um desrespeito com um presidente que está hoje lá e tem um ciclo que não se encerrou", afirmou.
Pochmann foi presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) de 2007 a 2012 e a gestão dele foi vista como intervencionista, com cobranças internas por alinhamento ideológico. Ele vai assumir a vaga de Cimar Azeredo, que comandava interinamente o órgão e conduziu a entrega dos primeiros resultados do Censo 2022, em junho.
