A ministra Rosa Weber toma posse nesta segunda-feira (12) como presidente do Supremo Tribunal Federal (STF). Ela será a terceira mulher a presidir o Supremo na história da democracia brasileira.
Com um perfil tido como avesso aos holofotes, Rosa Weber tentará tirar o foco das atenções no STF nesta eleição, evitando entrar em controvérsias e polêmicas. A ministra garantiu, contudo, que vai responder firmemente em caso de ataques ao Judiciário, como fez em diversas ocasiões o presidente Jair Bolsonaro (PL) e seus aliados.
A cerimônia aconteceria no 7 de setembro, mas foi adiada justamente pelo fato de Bolsonaro incitar apoiadores que costumam ofender e pedir o fechamento da Corte. Foram convidadas 1300 pessoas para a cerimônia, sendo 350 no plenário do Supremo.
Entre os convidados estão os ex-presidentes da República, do Congresso Nacional, candidatos à presidência, membros dos tribunais superiores e parlamentares.
Por enquanto, Lula e Bolsonaro, os favoritos na disputa pelo Palácio do Planalto conforme apontam as pesquisas, não confirmaram presença na cerimônia de Rosa Weber. Dilma Roussef (PT), responsável pela indicação da ministra, informou que não poderá comparecer.
Ela é relatora das chamadas emendas de relator, manobras pelo governo às vésperas de votações importantes para garantir apoio às pautas de interesse. Nas suas mãos estão ainda ações como a descriminalização do aborto nas 12 primeiras semanas de gestação e a que questiona a legalidade da PEC dos Precatórios, que dá calote em dívidas judiciais do governo com civis.
