Política

Rosa Weber prorroga inquérito que apura suposta prevaricação de Bolsonaro na compra de vacina

A ministra cobra o ministério da Saúde a cópia integral dos processos administrativos de contratação e importação do imunizante

FELLIPE SAMPAIO/SCO/STF
FELLIPE SAMPAIO/SCO/STF

A ministra do Supremo Tribunal Federal (STF), Rosa Weber, prorrogou nesta terça-feira (23), por 45 dias o prazo do inquérito que apura suposto crime de prevaricação do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) no caso da importação da vacina indiana Covaxin. Na mesma decisão, a ministra cobrou do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, a cópia integral dos processos administrativos de contratação e importação do imunizante.

O pedido de prorrogação do inquérito foi feito pela Polícia Federal em outubro, quando afirmou ser necessária a realização de novas diligências com o intuito de esclarecer a materialidade, as circunstâncias e a autoria dos fatos sob investigação. 

A investigação, que corre desde o início de julho, foi motivada pela CPI da Covid, que apontou omissão do presidente diante de denúncias de irregularidade no caso.

Vale lembrar que as denúncias sobre a Covaxin foram levantadas pelo deputado Luis Miranda (DEM) e pelo irmão, o servidor Luis Ricardo Miranda. Eles relatam que avisaram Bolsonaro em uma reunião no dia 20 de março sobre suspeitas de irregularidades na compra do imunizante.