Política

Rompimento significa reforço do golpe, afirma Moema Gramacho

Moema encerrou o embate com o brado: 'Golpistas, oportunistas e traidores!'.

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O PMDB reuniu seu diretório nacional na tarde de ontem e anunciou o que já era dado como certo: o rompimento do partido com o governo da presidente Dilma Rousseff (PT) e a proibição de que peemedebistas integrem novos quadros da gestão petista em todo o território nacional.

A notícia do encontro foi levada minutos depois ao plenário da Câmara Federal pelo deputado federal baiano Lúcio Vieira Lima (PMDB), irmão do presidente da sigla na Bahia, Geddel Vieira Lima: “Peço um minuto para uma importante comunicação não só a esta Casa, mas também à nação brasileira: o PMDB acabou de decidir, em reunião do diretório nacional do partido, desembarcar do atual governo. Dessa forma, o PMDB está independente nesta Casa”.

O gesto foi de pronto rebatido por uma parlamentar baiana, a deputada Moema Gramacho (PT), que tem empenhado uma defesa incessante nos microfones da Câmara em prol do governo Dilma, do PT e do ex-presidente Lula. Em meio à discussão acalorada entre oposição e governo, Moema encerrou o embate com o brado: “Golpistas, oportunistas e traidores!”.

A referência feita por Moema Gramacho ao PMDB como golpista e traidor se deve ao fato de o partido ter caminhado com o governo petista desde que aderiu ao grupo em 2006, quando Lula emplacou sua reeleição para presidente da República. De lá para cá, o partido foi quem mais ganhou ministérios e cargos na máquina administrativa federal. Agora, em meio a um processo de impeachment contra Dilma tramitando na Câmara, a decisão do PMDB é interpretada por petistas como um ato consensual do partido contra o governo petista.

Em discurso na Câmara ontem, Moema disparou contra o ex-aliado. “Ainda vem com o discurso de que quer unificar o país? A história de traidores no mundo não é de unificação. A história de traidores no mundo é de ódio”, lembrou.