Política

Romário pede que Janot investigue suposta conta em seu nome na Suíça

Senador protocolou petição nesta sexta-feira (27/11) na Procuradoria Geral da República; órgão ainda não recebeu

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O senador Romário (PSB-RJ) afirmou nesta sexta-feira (27/11) em seu perfil oficial no Facebook que protocolou junto à Procuradoria Geral da República um pedido de investigação sobre a existência de uma suposta conta bancária na Suíça, atribuída a ele. No mês de junho, a revista "Veja" afirmou que o ex-jogador teria uma conta não declarada naquele país.

“Protocolei na primeira hora desta sexta-feira um ofício na Procuradoria Geral da República, destinado ao procurador-geral Rodrigo Janot. Tomei a iniciativa de pedir ao Ministério Público do Brasil que provoque o Ministério Público suíço para instaurar uma investigação a fim de apurar se a suposta conta bancária apontada pela revista VEJA, como sendo de minha titularidade do BSI, realmente existe e, ainda, se algum dia existiu, assim como se já houve qualquer movimentação na malsinada conta bancária. Sou o maior interessado que a verdade venha à tona”, afirmou o senador no comunicado.

Em um áudio divulgado na última quarta-feira, entre o senador Delcídio Amaral (PT-MS) e o advogado Edson Ribeiro, afirmam que Romário teria dinheiro em uma conta na Suíça. No entanto, o senador foi avisado para retirar o dinheiro e evitar de ser “ser preso”.

Na mesma gravação, os dois, afirmam que em troca, Romário, de acordo com o advogado, teria aceitado apoiar Pedro Paulo Carvalho, pré-candidato a prefeitura do Rio de Janeiro, e apoiado pelo atual prefeito Eduardo Paes (PMDB-RJ).

Ainda segundo a nota, Romário não teria ligação com um possível acordo entre ele e Paes. A Procuradoria Geral da República informou que até às 13h não havia recebido a petição do senador.

A conta na Suíça

Em julho, uma reportagem da "Veja" afirmava que o ex-jogador possuía uma conta na Suíça. Naquela ocasião, um documento do Banco BSI e usado pela publicação, atestava que a conta citada era do senador.

O BSI não especificou, no entanto, se o beneficiário era correntista ou havia sido em outra época. No mesmo mês, Romário foi à Suíça e o banco enviou ao senador uma confirmação de que o extrato da suposta conta, com saldo de R$ 7,5 milhões, era falso.

Ainda na ocasião, a instituição financeira comunicou ao senador que abriu uma queixa penal no Ministério Público de Genebra para apurar os fatos, que, segundo o banco, constituem “delitos penais graves”. Dias depois, a revista reconheceu o erro de publicação e pediu desculpas a Romário.

 

Foto: Ilustração