O pré-candidato ao governo da Bahia, João Roma (PL) participou junto a ex-ministros do governo Bolsonaro, da inauguração de uma obra inacabada em Goiânia. A obra é uma praça esportiva que não foi finalizada mesmo após cinco meses do evento que marcou a sua suposta abertura para o público. As informações são do portal Metrópoles.
Além de João Roma, então ministro da Cidadania, também participou da cerimônia o ex-ministro Gilson Machado (Turismo) e dois ex-secretários: Mário Frias (Cultura) e André Porciúncula (Incentivo e Fomento à Cultura). Todos os quatro deixaram o governo Bolsonaro para disputar as eleições de 2022.
Segundo a Controladoria-Geral da União (CGU), a construção do espaço foi iniciada em dezembro de 2013. O termo de compromisso previa o repasse de R$ 3,5 milhões do governo federal. "Quase 10 anos depois, contudo, a obra segue 'inconclusa, paralisada e deteriorada'", apontou em relatório após inspeção realizada em janeiro deste ano. O relatório foi publicado na última quarta-feira (22).
“Verificou-se que o empreendimento não foi entregue à população e que não houve a implantação dos serviços que estavam previstos para funcionar no bloco 1, como telecentro, auditório, biblioteca e unidade do Centro de Referência em Assistência Social (Cras). Em suma, o termo de compromisso não cumpriu o seu objetivo”, aponta a CGU.
Durante a inauguração da praça, com a presença de então ministros de Estado, o espaço foi guarnecido com equipamentos e mobiliário, como cadeiras para o auditório e estantes de livros. Os objetos, no entanto, foram retirados após o evento, uma vez que o empreendimento não teria sido entregue à população.
A inauguração da praça, que aconteceu no dia 20 de agosto de 2021, foi celebrada pelos ex-ministros de Jair Bolsonaro (PL). Entretanto, ainda hoje, o espaço, além de não oferecer os serviços prometidos, é alvo de ações de furto e vandalismo, segundo a comunidade local.
Em suas redes sociais, o prefeito de Goiânia, Rogério Cruz (Republicanos), anunciou que o local abriga um auditório com capacidade para 237 pessoas sentadas, biblioteca, telecentro e uma unidade do Cras. Entretanto, como mostrou a CGU, esses espaços não estão ativos.
Os gastos com combustíveis para essas aeronaves são considerados sigilosos. Foram mobilizados, contudo, ao menos quatro militares do Comando da Aeronáutica no dia. Somente em diárias, houve gastos de R$ 3,7 mil, segundo levantamento do portal Metrópoles junto ao Portal da Transparência. O valor inclui despesas com assessores dos políticos.