Eleições

Roma diz que há descaso na segurança pública e cobra postura do governo estadual

Ex-ministro da Cidadania e pré-candidato ao Governo da Bahia foi o entrevistado do programa Ligação Direta, da rádio Salvador FM, na manhã desta segunda-feira (16).

Vagner Souza/Salvador FM
Vagner Souza/Salvador FM

Ex-ministro da Cidadania e pré-candidato ao Governo da Bahia, João Roma (PL) explicou como pretende combater a criminalidade, caso seja eleito nas eleições de 2022. Entrevistado no programa Ligação Direta, na rádio Salvador FM, na manhã desta segunda-feira (16), ele criticou a gestão do atual governador do estado, Rui Costa.

“O que se vê hoje na Bahia é um descaso na segurança pública. Não é só questão de investimento, não é só questão de gestão, é questão realmente de postura. O profissional de segurança pública não sente nenhum respaldo do comando para ir às ruas combater o crime. Cada vez mais ele é tolhido das suas atribuições. É processo disciplinar por todo lado, é falta de estrutura, falta equipamento, falta capacitação. Cada vez que vem algum benefício, vem como gratificação, nunca agrega ao soldo do policial militar. A Polícia Civil totalmente desmontada”, criticou Roma.

De acordo com o pré-candidato, precisa ser feito um investimento maior no setor de inteligência da polícia. “Hoje, a atividade da polícia precisa cada vez mais de informação de inteligência e você não vê um trabalho sistematizado no estado da Bahia perante a isso. Falta interligação entre as forças, policia militar, civil, agentes penitenciários, os guardas civis municipais […] As principais apreensões ilícitas no estado da Bahia tem vindo, geralmente, da polícia rodoviária federal, que investiu em capacitação, que investiu em tecnologia e inteligência e tem, portanto, feito grandes apreensões no estado da Bahia”, defendeu.

Durante a entrevista, Roma comparou a segurança atual com os tempos passados e analisou os recentes casos envolvendo assaltos a estabelecimentos comerciais em Salvador. Para ele, as quadrilhas estão se instalando na Bahia porque não há repressão. "Então isso tudo reverbera e não são os ataques fortuitos nas capitais. Está por toda parte, até no mundo rural". 

Ele relembrou ainda a fala do governador Rui Costa, que atribuiu a criminalidade à facilidade no acesso de armamentos, culpando o governo federal. “Nós estamos vivendo um descaminho no estado da Bahia e o que realmente nos causa grande espanto é essa falta de postura, cada vez querendo se transferir a responsabilidade. Essa fala do governador de que o crime aumentou porque o presidente faz apologia, porque hoje o cidadão de bem pode ir na loja comprar uma arma. Por acaso, alguém já viu um bandido entrar em uma loja pra comprar uma arma? Não. Para o bandido a arma chega fácil e a qualquer momento", defendeu.

Segundo Roma, é preciso conversar com a sociedade e não utilizar o tema como política eleitoral. O pré-candidato defendeu investimentos na área e uma postura mais firme da gestão estadual.  "Mas para tudo isso precisa de liderança, de uma postura determinada para que nós possamos sim, dar respaldo inicialmente para os nossos profissionais de segurança poderem agir no estado da Bahia”, criticou.