O pré-candidato a governador da Bahia, ex-ministro da Cidadania e deputado federal, João Roma (PL), denunciou atentados, atos de violência e terrorismo contra produtores rurais do Extremo Sul da Bahia. Roma visitou Itamaraju e Teixeira de Freitas no sábado (9) e disse que a violência praticada contra quem produz na região atinge níveis preocupantes.
"São pessoas que vão lá pra assassinar as pessoas que estão nas suas propriedades. Nós precisamos de uma ação frontal, algo que possa realmente fazer valer o império da lei na Bahia", disse João Roma, em entrevista nesta segunda-feira (11), na Rádio Brado, em Salvador. Para o ex-ministro da Cidadania, só com segurança pública e efetiva segurança jurídica é possível atrair mais investimentos e gerar emprego e renda na Bahia.
Roma assinalou que a disputa pelas terras promove a violência que não é contida pela gestão do PT no estado. "O presidente Jair Bolsonaro, em três anos, entregou mais títulos de terra do que os últimos trinta anos de governos juntos. E hoje há programas para financiar, fazer com que cada um que queira realmente ser produtor rural possa ter seu pedaço de terra, possa ter recurso de fomento e melhorar de vida", destacou, prometendo pulso firme para conter essas invasões e garantir o direito à propriedade de quem produz.
O pré-candidato observou que a escalada de violência atinge todo a Bahia sem ações efetivas do governo estadual, que se esquiva do problema e tenta terceirizar a responsabilidade. "A Bahia tornou-se terreno fértil para o crime organizado", reiterou, lamentando também o fato de um "novo cangaço" ter se espalhado pelo estado.
João Roma ainda comentou o caso do assassinato do militante petista Marcelo Aloizio de Arruda, em Foz do Iguaçu (PR), no sábado (9). “Lamento profundamente o triste episódio que resultou na morte de Marcelo Arruda no final de semana. Tem o nosso repúdio toda e qualquer prática que ameace o direito à justa e merecida liberdade do nosso povo. Em qualquer discussão, o diálogo deve sempre prevalecer, jamais a violência”.
Além da incapacidade de conter a violência desenfreada, Roma disse que o governo do estado impede o crescimento econômico da Bahia porque pesa a mão na cobrança de impostos. "Aqui é o lugar no Brasil onde mais se cobram impostos. Durante a pandemia, muitos estados diminuíram a carga tributária, mas o governador Rui Costa não aliviou um milímetro na cobrança, aí nós ficamos com o combustível mais caro do Brasil", exemplificou.
O pré-candidato a governador observou ainda que essa matriz de gerenciamento do estado não gera competitividade, fundamental para atrair investimentos e gerar empregos. "Precisamos de competitividade, de segurança jurídica. Essa é a mudança de chave que a Bahia precisa. Quando nós falamos que queremos uma Bahia de mãos dadas com o Brasil, é para que esses avanços se traduzam aqui".
Para Roma, o resultado dessa sanha arrecadatória do governador é a falta de competitividade e o número elevado de pessoas nas faixas de pobreza e extrema pobreza. "Hoje são mais de dois milhões de famílias recebendo Auxílio Brasil na Bahia com valor mínimo de R$ 400 e que agora vai para R$ 600. São mais pessoas recebendo Auxílio Brasil na Bahia do que pessoas com carteira assinada. Isso não está certo. As políticas do governo do estado não estão sendo eficazes para melhorar a vida das pessoas".