O presidente do PL na Bahia e ex-ministro da Cidadania, João Roma, destacou, nesta segunda-feira (2), que Jair Bolsonaro é “o plano A, B e C” do partido para as eleições presidenciais de 2026. Entretanto, o ex-presidente foi declarado inelegível no ano passado por determinação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Ele foi condenado por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação ao atacar, sem provas, as urnas eletrônicas em 2022.
Em entrevista à Rádio BandNews FM, Roma comentou a mais recente pesquisa do Instituto Paraná que põe o ex-mandatário à frente do atual presidente, Lula (PT), mesmo após a divulgação de inquéritos da Polícia Federal que citam uma suposta tentativa de golpe de Estado.
O presidente estadual do PL disse ainda que a perseguição não refletiu no apoio a Bolsonaro.
João Roma também crê que Bolsonaro seja candidato a presidente em 2026, apesar da condição atual de inelegibilidade.
“São muitos elementos que fazem todos os partidários dele acreditarem na aptidão para a eleição daqui a dois anos. Fica difícil explicar porque um presidente que fez reunião com embaixadores não pode disputar uma eleição, se Dilma foi impeachmada e pode disputar uma eleição, Lula foi condenado e ser eleito”, comparou Roma. Ele salientou que o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), “também engrossa as fileiras para ter Jair Bolsonaro candidato a presidente do Brasil”.
Defesa de Bolsonaro
Roma garantiu que não partiu de Bolsonaro nenhum plano golpista. “O que se viu naquele momento foram pessoas com ânimos acirrados, mas tenho total confiança que não partiu do presidente Bolsonaro nenhuma manifestação nesse sentido. Eu vi o presidente repreendendo comentários aleatórios que surgiam, de pessoas nas ruas de que não iria admitir isso ou aquilo sobre golpe”, comentou Roma.
Candidatura para governador
João Roma reiterou que é pré-candidato a governador da Bahia em 2026. “Durante esse ano de 2025, farei uma série de eventos e visitas pela Bahia para levantar nossas bandeiras. Precisaremos ter muitas interlocuções nessa Bahia, pois o que ocorrerá aqui no estado será um reflexo do que ocorre no Brasil. E aqui o caminho do PL é reforçar a eleição do presidente Bolsonaro”, salientou.
O dirigente partidário pontuou que buscará construir unidade na oposição ao PT no estado. “Eu sempre busco convergir as forças: fiz isso nas eleições municipais aqui na Bahia. Nesse aspecto, buscamos até sacrificar candidaturas que iríamos colocar”, disse ele, ao citar cidades como Feira de Santana, Salvador, Vitória da Conquista e Ilhéus.
Além disso, o presidente estadual do PL afirmou que há um clima favorável à mudança na Bahia. “Há um grupo massivo de pessoas que se incomodam com o aumento de impostos, com a derrocada da nossa economia, com os programas sociais cada vez mais sendo atacados por aqueles que dizem que os defendem”, apontou.
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