Política

Roberta Santana acusa Bruno Reis de esconder dados de lista sobre saúde na capital

Declaração foi feita em encontro com defensores do SUS na capital baiana

Adriel Francisco/Divulgação
Adriel Francisco/Divulgação

A secretária de Saúde do Estado, Roberta Santana, acusou o prefeito Bruno Reis (União Brasil) de esconder dados da Lista Única de Saúde, restringindo o acesso do Governo do Estado a informações para o planejamento e execução de ações que possam promover melhorias para a população, além da destinação de verbas para o setor.

A declaração foi dada durante encontro com defensores e militantes do Sistema Único de Saúde (SUS), na noite de quinta-feira (26). O evento contou com as presenças do candidato a prefeito de Salvador, Geraldo (MDB) e da candidata a vice, Fabya Reis (PT).

Na ocasião, Roberta também defendeu os parâmetros estabelecidos pelo SUS, que, segundo ela, não são respeitados pela gestão municipal. “O município que está aí não assumiu nem as duas policlínicas que o Estado deu prontas. Está na conta da gente, fazendo exame de tomografia, dando consulta pra população. Eu estou falando de uma Lista Única escondida, que o Estado não sabe quantas pessoas precisam de ultrassom em Salvador. Pra ajudar, não é pra criticar não. Como ajudar uma gestão que não senta na mesa para discutir?", questionou.

"Qual será o perfil assistencial da maternidade que eles estão anunciando, por exemplo? Vai atender baixo risco ou alto risco? A gente não sabe. A saúde funciona em um sistema e o sistema é único. E, pra ele ser único, eu tenho que ter Município, Estado e União funcionando. A gente senta na mesa e discute", acrescentou.

A secretária de Saúde disse ainda que o maior prejudicado com a conduta municipal de atuar de maneira isolada, sem diálogo com o estado, é a população. "Uma gestão que bate na regulação, mas não tem coragem de abrir a lista deles. A fila da morte começa lá, quando o paciente não tem acesso à consulta, quando uma mulher não tem acesso a um exame preventivo e depois chega sangrando no Hospital da Mulher, porque nunca conseguiu ter acesso a um ginecologista”, finalizou.