Política

Relatório da reforma da Previdência é aprovado na CCJ com 48 votos

Mas tramitação mostrou que o governo precisará aprimorar a articulação política para enfrentar próxima fase

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A sessão para aprovação do relatório da reforma da Previdência na CCJ da Câmara dos DeputadosFoto: Jorge William / Agência O Globo

 

Após mais de nove horas de discussão numa sessão tumultuada, o governo conseguiu vencer a primeira etapa de tramitação da reforma daPrevidência e aprovou na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) o relatório do deputado Marcelo Freitas (PSL-MG), favorável à admissibilidade da proposta.

O texto foi aprovado com 48 votos a favor, tendo havido 18 contra, num total de 66. A tramitação, porém, mostrou que o governo precisará aprimorar a articulação política para enfrentar a próxima fase, a comissão especial, na qual é discutido o mérito do projeto.

Nesta primeira batalha, o governo conseguiu se mostrar mais articulado para lidar com as pressões e conseguiu derrubar no voto todos os requerimentos para protelar os trabalhos.

Antes do início da sessão, informou que havia fechado um acordo com o centrão. O governo cedeu à pressão dos partidos e alterou quatro pontos do texto original, preservando, contudo, a espinha dorsal da proposta e a economia prevista com as mudanças no regime de aposentadorias, de R$ 1 trilhão em dez anos.

Depois da aprovação do relatório, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, afirmou que a partir de agora é o momento de o governo se mostrar mais presente na articulação:

—  A aprovação é boa para o Brasil, quem é contra quer voltar a um passado quando tivemos a pior recessão da história, em 2014. É importante que o governo assuma esse papel. A reforma é importante para o Brasil e para os brasileiros — disse ele

Perguntado sobre a composição da comissão especial que será instalada para analisar a reforma da Previdência antes de o texto ir para o plenário, Maia fez o seguinte comentário: o presidente da comissão será ligado aos partidos e o relator ligado ao governo.

— O Brasi precisa garantir um sistema equilibrado. Mais do que isso, um país com credibilidade para que o setor privado volte a investir.

 

O Globo  /// Figueiredo