Política

Relator pede ao Conselho de Ética da Câmara afastamento do deputado Daniel Silveira

Fernando Rodolfo diz que deputado havia extrapolado 'limites do razoável' após falas ofensivas sobre ministros do STF

Plinio Xavier/Câmara dos Deputados
Plinio Xavier/Câmara dos Deputados

O relator do processo que tramita no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados contra o deputado federal Daniel Silveira (PTB), em relação ao vídeo feito por ele que continha ofensas ao Supremo Tribunal Federal (STF), pediu nesta quarta-feira (9) a suspensão do mandato parlamentar de Silveira por seis meses, "como sanção pela conduta atentatória ao decoro parlamentar". 

O deputado Fernando Rodolfo (PL-PE), relator do caso, entendeu que os conteúdos do vídeo gravado por Silveira "ultrapassaram o limite do razoável e do tolerável e atingiram de forma grave e desproporcional a honra e a credibilidade da Corte Maior (STF), assim desrespeitando-a, bem como a seus ministros".

Rodolfo citou que houve um "reprovável excesso de linguagem e postura incompatível" com alguns princípios éticos e regras básicas que orientam a conduta parlamentar, caracterizando, assim, "ato atentatório ao decoro parlamentar".

O relator propôs vistas coletivas para que os membros do Conselho tenham dois dias (a partir desta quarta-feira, dia 09) para apreciarem o seu relatório e a partir daí votarem pela aprovação ou não do pedido de afastamento de Daniel Silveira. A defesa de Silveira, bem como o deputado, concordaram em se manifestar apenas na próxima sessão, quando deve ser decidido o futuro de Silveira como parlamentar.

O deputado está preso desde o dia 16 de fevereiro, por decisão do ministro Alexandre de Moraes, que julgou como "notícias fraudulentas, denunciações caluniosas e ameaças ao Supremo" as falas de Silveira gravadas em vídeo. 

Atualmente, Silveira está em prisão domiciliar com monitoramento eletrônico e não pode receber visitas sem autorização judicial. Ele também está impedido de acessar redes sociais.