O deputado federal Hiran Gonçalves (PP-RR) apresentou ao Conselho de Ética da Câmara Federal, nesta quarta-feira (13), o plano de trabalho da investigação de quebra de decoro contra o deputado Lúcio Vieira Lima (MDB), irmão do ex-ministro Geddel Vieira Lima.
O parlamentar é relator do processo de perda de mandado do emedebista na Casa. O pedido de investigação foi feito pelos partidos Rede e PSOL.
Na sessão, Hiran informou que foi definido, entre outras testemunhas, que o dono da empreiteira baiana Cosbat, Luiz Fernando Machado Costa Filho. e do doleiro Lúcio Funaro serão chamados para depor no conselho.
Luiz afirmou à Polícia Federal que recebeu dinheiro no imóvel da mãe de Geddel e Lúcio, Marluce Vieira Lima. Funaro afirmou ter levado malas de dinheiro para o emedebista em um hangar e a PF afirma ter confirmado que o ex-ministro este lá.
Também durante a sessão, o deputado federal Chico Alencar (PSOL-RJ) solicitou que o próprio deputado fosse chamado e o relator disse que “não vê óbice” em acatar a sugestão. Por outro lado, o relator negou o pedido feito pela defesa de Lúcio de perícia nas contas de Job Brandão.
Em entrevista nesta terça-feira, Lúcio Vieira Lima descreveu irritação pela vinculação da mãe dele no caso do bunker onde foram encontrados R$ 51 milhões em malas e caixas. Os irmão viraram réus no Supremo Tribunal Federal (STF) devido ao escândalo e o parlamentar é alvo de ação no Conselho de Ética da Câmara Federal pela mesma razão.
Em entrevista à Rádio Metrópole, o emedebista disse que não se importa sobre o que dizem a seu respeito por ter “consciência tranquila”: “O que me incomoda é envolverem minha mãe nisso”. “Quem conhece dona Marluce com toda certeza não acredita nisso. Uma senhora de 80 anos que praticamente não se locomove, vai poder cometer qualquer coisa? Me perdoe”, concluiu.
Bahia. ba //// Figueiredo
