Política

Receita apura um segundo pacote de joias que não foi interceptado

Em nota divulgada nesta segunda-feira (6), a Receita afirmou que "tomará as providências cabíveis no âmbito de suas competências para esclarecimento e cumprimento da legislação aduaneira, sem prejuízo de análise e esclarecimento a respeito da destinação do bem".

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Recibo oficial aponta para a existência de um segundo pacote de joias, mas que a Receita ainda não teve acesso. O ministro da Justiça, Flávio Dino, também já disse ter acionado a Polícia Federal.

Em nota divulgada nesta segunda-feira (6), a Receita afirmou que "tomará as providências cabíveis no âmbito de suas competências para esclarecimento e cumprimento da legislação aduaneira, sem prejuízo de análise e esclarecimento a respeito da destinação do bem".

Entenda o caso

Após viagem de comitiva para a Arábia Saudita, em outubro de 2021, o então ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, foi parado pela Receita Federal. Em sua posse estavam jóias avaliadas em R$16,5 milhões, que seriam entregues a primeira-dama, Michelle Bolsonaro. Como os bens não haviam sido declarados eles foram apreendidos. 

Apesar de ter trazido a carga, o ministro afirmou não saber do que se tratava, apenas sabia que seria um presente para primeira dama. A apuração do Jornal Estadão indica que nos últimos dois meses, houve oito tentativas frustadas de Bolsonaro em reaver as pedras preciosas, inclusive por Albuquerque. No Brasil, é obrigatória declaração ao Fisco de qualquer bem que entre no país de valor superior a US$ 1 mil. 

Já de acordo com o ex-presidente Jair Bolsonaro, as joias não eram para Michelle, mas, na verdade, seriam destinadas ao Acervo. No entanto, para que os bens fossem considerados presente ao governo brasileiro deveria ter sido formulado um pedido para que as joias fossem consideradas de propriedade da União.