As pequenas mudanças no secretariado do governador Rui Costa – sete, no total – mostram que, na rearrumação de forças políticas, coube ao PSD um naco maior do controle da máquina pública.
Até então comandando o orçamento da Secretaria de Infraestrutura, com Marcus Cavalcanti, a legenda fica agora também com a Secretaria de Desenvolvimento Urbano (Sedur), sob a titularidade do deputado federal licenciado Fernando Torres.
A Sedur, que era controlada pelo petista Carlos Martins, possui o quinto maior orçamento do estado, perdendo apenas para Educação e Saúde, cujos percentuais mínimos são definidos na Constituição;
Segurança Pública; e Administração, responsável pelo gamento da folha. São R$ 2,29 bilhões sob o comando do PSD apenas na Sedur e outros R$ 561 milhões na Seinfra.
A sigla só perde em orçamento para o PT e para as indicações pessoais do governador, que incluem as pastas com mais recursos disponíveis.
A expansão do PSD não é algo novo. Desde a criação do partido, antes das eleições de 2012, a legenda cresceu de 70 para 82 prefeituras, se tornando a maior em número de prefeitos baianos no pleito de 2016.
A consequência pode ser observada com o aumento da participação do partido na esfera estadual, agora também com a Sedur. Enquanto isso, o segundo colocado em quantidade de prefeituras em 2016, o PP, com 55, permaneceu com os mesmos espaços: as Secretarias de Planejamento, com o vice-governador João Leão, e de Infraestrutura Hídrica e Saneamento, com Cássio Peixoto. Na briga por orçamentos, o PSD agora controla cinco vezes mais recursos que o PP no estado.
(BaN) (AF)