Política

Reajuste de aposentadorias "foi um ato contra o trabalhador", diz Eduardo Cunha

Cunha disse que o governo deve vetar integralmente o texto

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), disse nesta quinta-feira (25) que a emenda que estendeu os reajustes do salario mínimo a aposentados e pensionistas, aprovada na noite de ontem (24), foi “ um ato contra o trabalhador”. Cunha disse que o governo deve vetar integralmente o texto já que a mudança foi feita no texto principal da Medida Provisória (MP) 672/15 que estabelece regras de reajuste do salário mínimo para o período de 2016 a 2019. A matéria tinha sido encaminhada pelo governo e ainda precisa da apreciação no Senado.

Para o parlamentar, as chances do trabalhador ter uma política de reajuste foram adiadas com a alteração aprovada pelos deputados. 

Cunha disse que o resultado da votação foi um erro, resultado de jogo político. “Os sinais que nós vamos dar para o mercado é de um descontrole da política fiscal de tal maneira que não haverá medidas ou nem quem possa resolver porque para gastar mais R$ 9 bilhões, só no ano que vem”, avaliou o presidente da Câmara.

Sobre a votação do Projeto de Lei (PL) 863/15 da desoneração, o deputado disse que é natural o debate acalorado em torno do texto, mesmo com os acordos fechados entre os parlamentares. Segundo ele, a votação da matéria deve ser concluída ainda hoje. Restam quase 20 emendas que foram apresentadas ao texto defendido pelo governo como uma das estratégias para o ajuste fiscal.