Apontado como o comandante do esquema de rachadinha no gabinete do então deputado Flávio Bolsonaro (PL-RJ), o ex-assessor Fabrício Queiroz afirmou que foi o atual senador, filho do presidente Jair Bolsonaro (PL), quem o incentivou a sair candidato este ano.
"Ele disse que eu tinha que vir candidato mesmo. O que eu queria era ouvir da boca do Flávio: 'Vem para o PL'", disse Queiroz em entrevista à revista Veja. Ele ficou três anos sem falar com o clã Bolsonaro, mas relação foi reestabelecida após ligação em dezembro de 2021.
Queiroz também opinou sobre o que Bolsonaro deveria ter feito ao assumir o Planalto e diz que o presidente deveria ter levado para Brasília nem que fosse para "cortar grama". Apesar de alegar não haver nenhum impedimento para que volte a se relacionar com o presidente, o ex-assessor diz que prefere manter distância em respeito à determinação do Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ).
Questionado sobre o esquema no gabinete de Flávio há anos atrás, Queiroz despistou com um comentário machista: "Gosto da rachadinha, mas da feminina".
Colega de Bolsonaro quando serviram o Exército, Queiroz comentou o tempo em que esteve escondido na casa do advogado Frederick Wassef, e negou que tenha se abrigado em Atibaia, interior paulista, para evitar se preso.
Segundo Queiroz, ele foi avisado pelo ex-PM Adriano da Nóbrega, antigo chefe do Escritório do Crime e assassinado na Bahia em 2020, de que corria risco de morte.
