Uma pesquisa do Instituto Quaest revelou um cenário já notório entre as diferentes faixas de renda e as tendências políticas em cada uma delas. O levantamento foi divulgado no domingo (16), com base em entrevistas realizadas, em 2024, com 2 mil pessoas em todo o país.
Conforme os dados, há uma predominância de identificação com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (Lula) e o Partido dos Trabalhadores (PT), na classe baixa. Cerca de 28% dos entrevistados se declararam “Lulistas/Petistas”, enquanto 11% se posicionaram à esquerda, mas fora do espectro do PT.
Um número maior, 31%, afirmou não ter posicionamento político. 14% escolheram à direita, mas sem relação ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), e 9% se identificaram como “Bolsonaristas”.
Quaest aponta mudanças nas classes média e alta
Na classe média, os números mostraram uma maior divisão. 16% se disseram “Lulistas/Petistas” e 15% se posicionaram à esquerda, mas sem vínculo com o PT. A maior parte, 32%, não tem uma definição política, enquanto 22% se identificaram com a direita, mas fora do espectro bolsonarista. O apoio ao Bolsonaro foi registrado em 12%.
As somas de Lula com a esquerda registraram a porcentagem de 31%, já as de Bolsonaro com a direita 34%. Os 32% indefinidos se equivalem pela margem de erro da pesquisa, que varia de 3 pontos percentuais neste grupo.
Já entre os entrevistados da classe alta, o apoio a Lula foi menor, com apenas 12% se declarando “Lulistas/Petistas”, e 14% se identificaram como “Bolsonaristas”, tendo um empate técnico. O que predomina é a tendência à direita registrando 29%. Nenhum dos dois polos (Lula e Bolsonaro) se sobressaíram em relação aos campos ideológicos. Além disso, foi registrado 27% sem posicionamento político.