Política

PT não vai arredar pé da candidatura de Lula, diz Gleisi

Estiveram no encontro diversas lideranças do PT, entre elas a ex-presidente Dilma Rousseff, o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad

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Um dia depois do vaivém jurídico em torno da prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a presidente nacional do PT, senadora Gleisi Hoffmann (PR), reafirmou nesta segunda-feira, 9, que a candidatura dele está mantida. "Vamos fazer um grande ato em Brasília no dia 15 de agosto para registrar a candidatura de Lula", ela disse, depois de participar de reunião do conselho político do partido, em São Paulo.

Estiveram no encontro diversas lideranças do PT, entre elas a ex-presidente Dilma Rousseff, o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad e o ex-governador da Bahia Jaques Wagner. Os dois últimos são cotados para substituir Lula na eleição presidencial, caso a Justiça Eleitoral o impeça de disputar o comando do Palácio do Planalto.

A reunião ocorre um dia depois de o desembargador Rogério Favreto, plantonista do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) no último fim de semana, ter determinado a soltura de Lula.

A decisão foi cassada pelo desembargador João Pedro Gebran Neto, relator do caso que condenou Lula. Favreto, em seguida, voltou a determinar a soltura, mas o presidente do tribunal, Thompson Flores, manteve a prisão.

Apesar de Lula continuar preso, Gleisi disse que "outra candidatura não está em discussão". Ela afirmou ainda que o partido pretende fazer uma "grande denúncia internacional" para mostrar o que acontece no Brasil. "Estamos vivendo um rompimento da ordem democrática, um aprofundamento do golpe e Lula é a grande vítima da situação".

Segundo a presidente do PT, o partido vai tomar todas as medidas judiciais possíveis para defender Lula, inclusive com uma representação no Conselho Nacional de Justiça para questionar as decisões que impediram a soltura do ex-presidente.

De acordo com Gleisi, Lula ficou frustrado por não ter sido solto, mas já "guardava dúvida" sobre a efetividade da decisão do plantonista do tribunal.

Estadão // AO