Dezesseis dias depois de acusar, em depoimento ao juiz Sergio Moro, o ex-presidente Lula de ter feito um "pacto de sangue" com a Odebrecht para receber propina, o ex-ministro Antonio Palocci foi suspenso por 60 dias do PT. O afastamento foi determinado pelo Diretório Nacional do partido, que se reuniu nesta sexta-feira, em São Paulo.
A suspensão, que como reconhecem os petistas tem efeito apenas "simbólico", deve durar até a conclusão do processo aberto pelo Diretório de Ribeirão Preto (SP). Na segunda-feira, a Executiva do partido na cidade do interior paulista decidiu, por unanimidade, enviar o caso de Palocci para a Comissão de Ética local. O ex-ministro terá um prazo para apresentar suas justificativas sobre a acusação contra Lula. Como está preso, Palocci pode se manifestar por carta. Ao final dos trabalhos, a Comissão de Ética vai elaborar um relatório recomendando ou não a expulsão do ex-ministro.
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