Política

PSOL vai participar de transição, mas quer compromisso com pautas sociais para apoiar Jerônimo

A legenda reforçou que a decisão é crítica e que um apoio ao futuro governo depende do compromisso do governador eleito com as pautas apontadas

Reprodução/Twitter
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O PSOL aprovou neste domingo (13), por maioria, a participação do partido na transição do governo de Jerônimo Rodrigues, do PT, na Bahia. 

A legenda reforçou que a decisão é crítica e que um apoio ao futuro governo depende do compromisso do governador eleito com as pautas apontadas da Carta publicada pela legenda no dia 4 de outubro, quando foi definida a posição no pleito.

Na Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), representado pelo deputado estadual Hilton Coelho, o PSOL assume posição de independência e costuma se opor a projetos do governo. O parlamentar deu o voto contrário à participação do partido na transição de governo.

Com maior expressão dos candidatos que ganharam projeção este ano, como Kléber Rosa, que teve cerca de 50 mil votos ao governo, e Tâmara Azevedo, com 120 mil na disputa pelo Senado, o PSOL sentou pela primeira vez como um 'player' importante na mesa de negociações com o PT 

O momento foi oportunizado pela primeira disputa de segundo turno em 20 anos. Convidado, o partido definiu apoio a Jerônimo contra ACM Neto (União) oficializada na Carta de Apoio Crítico, indicando "elementos imprescindíveis" para a nova gestão, como mudança na política de segurança pública e combate à fome.

"Na Bahia, local de principal expressão eleitoral da política antibolsonarista, o PSOL se posicionou, acertadamente, pela construção de candidatura própria ao governo do estado no primeiro turno e pelo apoio à candidatura de Jerônimo Rodrigues (PT) no segundo turno. O espírito do apoio declarado à candidatura do PT se deu com o intuito de impor derrota à candidatura do Carlismo na Bahia, que, por sua vez, se tornou a principal aliada política de Bolsonaro no estado", diz o comunicado.

Os mesmos pontos serão reavaliados após a transição, caso surja um convite para compor o governo.