O ninho tucano está dividido na Bahia. De um lado, o deputado federal João Gualberto clama a saída do presidente Michel Temer (PMDB). Do outro, o ministro da Secretaria de Governo, Antonio Imbassahy, dá coro ao grupo do “Fica, Temer”. No meio, Jutahy Magalhães Júnior se posiciona, literalmente, “em cima do muro”.
Ao bahia.ba, Jutahy se manifestou contrário ao impeachment, pois entende ser um “processo muito longo e doloroso” que iria “fragilizar” o país. No entanto, o parlamentar afirma que não é contra a saída do peemedebista do Palácio do Planalto.
Na sua avaliação, é preciso ter “paciência”, já que a “crise é gigantesca” e “preocupante”, mas o peemedebista pode conseguir reverter a situação e enfrentar o desemprego e a desaceleração econômica.
Se não conseguir, o melhor caminho, ao seu ver, seriam a renúncia ou a cassação da chapa Temer-Dilma pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), um trajeto “menos doloroso”.
“Aí deve ser cumprida a Constituição. Tem que ter nova eleição e o novo presidente ser eleito pelos deputados e senadores. Eu fui constituinte e, na época, se avaliou que este era o melhor para o Brasil. Então, o melhor e único caminho é seguir a Constituição”, pontuou, em entrevista ao bahia.ba.
O argumento é o mesmo defendido pelo prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), considerado líder do grupo de oposição ao PT no estado.
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